Inspiração - Professor Randy Pausch

Gustavo vou tentar achar na internet o que eu li na revista.

Creio que assistindo o vídeo que a Rhiannon postou dá pra ter alguma idéia do teor do livro.

http://veja.abril.com.br/280508/p_114.shtml

Livros
A última fronteira da auto-ajuda

A história (tocante) de um doente terminal
e suas lições (vazias) sobre a vida e a morte


Jerônimo Teixeira

VEJA TAMBÉM
Nesta reportagem
• Quadro: Mortes exemplares
Exclusivo on-line
• Trecho do livro

Randy Pausch, americano, 47 anos, casado, três filhos pequenos, está morrendo. Sofre de um câncer de pâncreas, com metástase em outros órgãos vitais, e recentemente teve uma crise cardíaca e renal. Em setembro de 2007, já desenganado pelos médicos, Pausch deu uma palestra de despedida para cerca de 400 pessoas na Carnegie Mellon, universidade em que lecionava computação. Gravada em vídeo, essa conferência foi vista mais de 2 milhões de vezes no site YouTube. Ao longo de uma hora e dezesseis minutos, Pausch exibe tomografias, diz que ainda se sente bem (para prová-lo, faz flexões no palco), fala de seus sonhos de infância – flutuar em gravidade zero, trabalhar para a Disney (ambos realizados), jogar em um time profissional de futebol americano (não realizado) – e dá lições genéricas sobre felicidade, realização profissional, determinação. Em suma, nada que se desvie do otimismo que infla a maioria dos livros de auto-ajuda. Muito apropriadamente, a palestra inspirou uma obra do gênero, composta por Pausch em parceria com o jornalista Jeffrey Zaslow, que escreveu sobre a conferência final no The Wall Street Journal. Primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times na semana passada, A Lição Final (tradução de Laura Alves e Aurélio Rebello; Agir; 256 páginas; 34,90 reais), que chega nesta semana às livrarias brasileiras, leva a alegria empacotada da auto-ajuda a sua última fronteira: a morte.

A atitude elevada com que Pausch encara seu fim iminente é talvez admirável, mas não tão incomum quanto se imagina. Pesquisas em psicologia atestam que as pessoas saudáveis – que constituirão previsivelmente a maioria dos leitores de A Lição Final – costumam superestimar a angústia que sentiriam diante de uma condenação médica (o psicólogo americano Daniel Gilbert explica bem esse descompasso cognitivo no livro O que Nos Faz Felizes). Na verdade, os doentes terminais tendem a assumir uma postura conciliada, até mesmo feliz, uma vez superado o choque inicial da má notícia. A serenidade diante da morte também tem numerosos testemunhos na literatura e na filosofia (para não falar dos incontáveis casos de bravura militar e martírio religioso). Condenado a tomar cicuta, Sócrates mostrou-se mais espirituoso do que seus chorosos discípulos, de acordo com o relato de Xenofonte em Apologia de Sócrates. Um tal de Apolodoro, "alma simples" que seguia o filósofo, reclamou de vê-lo morrer injustamente. "Meu caro Apolodoro, então preferias ver-me morrer justamente?", retrucou Sócrates. Com essa pergunta irônica, o filósofo grego apontou para a injustiça cósmica da morte. Morremos todos. Diante desse fato inescapável, as circunstâncias políticas que cercaram a morte de Sócrates – e que tanto revoltavam Apolodoro – tornam-se insignificantes.

Divulgação

Randy Pausch com os filhos: sua maior tristeza é saber que eles crescerão sem um pai

Esse foi Sócrates, século IV a.C. Eis como Randy Pausch traduz a mesma constatação – a morte é injusta e incontornável – para o século XXI d.C.: "Não podemos trocar as cartas que recebemos, mas apenas pensar como jogar". É o tipo de analogia vagabunda que todo autor de auto-ajuda faz, uma fórmula aplicável para qualquer situação difícil, do congestionamento no trânsito ao câncer pancreático. Pausch tem várias dessas pérolas do lugar-comum (aliás, ele admite que adora clichês). Ele ensina, por exemplo, que "uma desculpa ruim é pior do que nenhuma", e que "adquire-se experiência quando não se consegue o que se queria" (e quando a gente consegue o que quer – isso não conta como experiência?). Ah, ele também adora falar em "muralhas" – metafóricas, bem entendido –, que existem não para nos deixar de fora, mas para "nos dar uma chance de mostrar a força de nossas aspirações".

A Lição Final não traz nenhuma especulação religiosa sobre o além, nem uma só linha de revolta, de raiva, de medo. Tem, sim, páginas tocantes, de engasgar mesmo o leitor mais cínico. Pausch conta que Jai, sua mulher, estava aniversariando no dia anterior à palestra final na Carnegie Mellon, e ele a homenageou trazendo um bolo para o palco e convocando o público a cantar o Parabéns a você. Jai o abraçou e sussurrou em seu ouvido: "Por favor, não morra". O autor também reflete sobre o futuro de seus três filhos, com idades entre 2 e 6 anos, e se entristece não porque não os verá crescer – mas porque eles não terão um pai enquanto crescem. É uma pena que esses momentos esparsos se percam no meio de tantos conselhos ligeiros (por exemplo: se você vai pedir a alguém que realize uma tarefa aborrecida, é de bom-tom dar a essa pessoa uma caixa de chocolates mentolados). A última lição não é necessariamente a mais sábia.

***************

Na minha opinião, esse é o tipo de livro cujo objetivo é tocar o seu coração. Se isso não acontecer, você vai detestar, porque é realmente "vazio", mas, se acontecer - como aconteceu comigo, sei lá por que razão -, você vai achar que valeu a pena.

hehe...massa a matéria...

É bem o que eu pensava mesmo.

Eu posso até ser idiota, mas eu preciso as vezes ler umas coisas "clichês", pra acordar pra vida...As vezes minha vida fica meio repetitiva e parece estar "boiando" em alto mar. Aí depois de ler um livro desses, ou de ver um vídeo/filme, aí sim eu volto a viver de verdade...hahaha...Ainda vou escrever uma tese sobre isso.

rhiannon escreveu:
Na minha opinião, esse é o tipo de livro cujo objetivo é tocar o seu coração. Se isso não acontecer, você vai detestar, porque é realmente "vazio", mas, se acontecer - como aconteceu comigo, sei lá por que razão -, você vai achar que valeu a pena.

Baseado no depoimento da rhiannon to achando melhor não ler o livro...

Romanove escreveu:

rhiannon escreveu:
Na minha opinião, esse é o tipo de livro cujo objetivo é tocar o seu coração. Se isso não acontecer, você vai detestar, porque é realmente "vazio", mas, se acontecer - como aconteceu comigo, sei lá por que razão -, você vai achar que valeu a pena.

Baseado no depoimento da rhiannon to achando melhor não ler o livro...

Romanove, sugiro que você veja o vídeo: é de graça! Na pior hipótese (de você não gostar), pelo menos vai ter visto uma coisa nova!

Eu vi o filme "O Segredo" super relutante. Queria parar logo no início. Mas aí pensei: "o que tenho a perder?". Não gostei do filme (muito repetitivo), mas me fez pensar em diversas coisas; só por isso já valeu a pena!

Eu achava que "Pai Rico, Pai Pobre" era o maior clichê do mundo. Custei a ler por causa disso (e conheço muitas pessoas que não o leram por isso). Quando li, foi aquela surpresa boa! Mudou a forma como vejo o dinheiro!

Eu comecei a ler "O Segredo", não consegui terminar de ler.. Parei logo no início e olha que são raros os livros que eu não leio até o final e eu gosto de livros que te auxiliam de alguma maneira..

Provavelmente eu compre o livro. Deve ser interessante.

Assisti ao vídeo, e achei sensacional. Afinal como falar francamente com os filhos sobre sua própria morte tão iminente, sem se emocionar, sem passar tristeza, senão dessa forma. O vídeo vai durar muito tempo, os filhos vão poder ouvir o que seu pai quis dizer e inclusive quando estiverem mais "maduros". Sempre será um alento e um guia para a vida deles.

rhiannon escreveu:Na minha opinião, esse é o tipo de livro cujo objetivo é tocar o seu coração. Se isso não acontecer, você vai detestar, porque é realmente "vazio", mas, se acontecer - como aconteceu comigo, sei lá por que razão -, você vai achar que valeu a pena.

Acho que o problema é que todo mundo pensa nele como autor de livro de auto-ajuda. Se parar para pensar que o cara é proféssor, as coisas tomam uma conotação diferente.

Romanove,

veja o vídeo ou assista o livro do Randy. A grande diferença aqui para o segredo é que de fato a vida dele estava no final e ele queria deixar uma espécie de testamento para os filhos pequenos. É tocante porque é real e é tocante porque ele não cai em auto-comiseração, ele não quer que as pessoas tenham pena dele.

Para mim o problema do segredo, além de ser extramamente repetitivo como a rhiannon e a Fernanda disseram, fica aquela coisa meio mística do segredo guardado através dos séculos que, ao menos para mim, dá um ar de total ficção [barata] a coisa toda.

Com todo respeito para mim segredo é o mesmo que rezar para time de futebol ganhar.Agente reza,mas o cara reza dali e só da pra 1 ganhar.Então Deus vai escolher que time?Acho que um pouco besteira,mas eu sou muito cético com essas coisas,mas respeito as convições alheias.

Romanove,

ah... eu não defendo o segredo, eu vi o filme, achei repetitivo, ganhei o livro e não consegui ler. Acho que não ficou claro que eu disse que n"o segredo" há um clima de 'olha vou te contar o que todos sabem e ninguém te conta', algo do tipo: roubei os segredos da maçonaria e vou revelar ao mundo.

O Randy parte por outra linha, ele deixa um lindo testamento para os filhos, não deixa uma fortuna [embora seu livro vá justamente fazer isto por ele], não deixa bens materiais, porém lega uma valiosa lição de vida. Aliás, a frase que eu uso como assinatura é da palestra dele.

Por que não vê a palestra dele que pode ser encontrada, na íntegra, na internet?

Vi0linha escreveu:Romanove,

ah... eu não defendo o segredo, eu vi o filme, achei repetitivo, ganhei o livro e não consegui ler. Acho que não ficou claro que eu disse que n"o segredo" há um clima de 'olha vou te contar o que todos sabem e ninguém te conta', algo do tipo: roubei os segredos da maçonaria e vou revelar ao mundo.

O Randy parte por outra linha, ele deixa um lindo testamento para os filhos, não deixa uma fortuna [embora seu livro vá justamente fazer isto por ele], não deixa bens materiais, porém lega uma valiosa lição de vida. Aliás, a frase que eu uso como assinatura é da palestra dele.

Por que não vê a palestra dele que pode ser encontrada, na íntegra, na internet?

Preguiça,mas esse Randy ai eu não to falando mal dele eu não tenho qualquer opinião formada,imagino que posso não gosta,mas ele não me aparenta ser um picareta como outros livros de auto ajuda.

Assista o filme que deu origem ao livro

Romanove escreveu:

Vi0linha escreveu:Romanove,

ah... eu não defendo o segredo, eu vi o filme, achei repetitivo, ganhei o livro e não consegui ler. Acho que não ficou claro que eu disse que n"o segredo" há um clima de 'olha vou te contar o que todos sabem e ninguém te conta', algo do tipo: roubei os segredos da maçonaria e vou revelar ao mundo.

O Randy parte por outra linha, ele deixa um lindo testamento para os filhos, não deixa uma fortuna [embora seu livro vá justamente fazer isto por ele], não deixa bens materiais, porém lega uma valiosa lição de vida. Aliás, a frase que eu uso como assinatura é da palestra dele.

Por que não vê a palestra dele que pode ser encontrada, na íntegra, na internet?

Preguiça,mas esse Randy ai eu não to falando mal dele eu não tenho qualquer opinião formada,imagino que posso não gosta,mas ele não me aparenta ser um picareta como outros livros de auto ajuda.

Não precisa ter preguiça, é só clicar no link abaixo, e ainda por cima com legendas em português:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM823551-7823-A+ULTIMA+AULA+DO+PROFESSOR+RANDY+PAUSCH,00.html

Obrigado pelo tópico, pelas dicas e pelos comentários, pessoal.




É isto aí!
Um grande abraço, e que Deus lhes abençoe!